Cachecol
É Natal...!
A árvore enfeita a sala,
Espatifa no chão o lustre.
O cego escreve no cachecol.
Formosa lua coça a cabeça,
Estrelas salpicam no céu.
O médico palmilha em pensamentos
E a boneca de pano chora...
Sinos repicam na catedral
Linda canção vem do infinito.
O gato se enrola no fio do carretel,
A coruja escuta o silêncio do barulho.
Papai Noel descansa no degrau da escada.
Atrás da cortina, suspiros...
O presépio é um caixão de madeira,
A criança dorme em pétalas de rosa.
Cientista rouba o cachecol,
Lágrimas borram seus olhos,
Ouço o gemido do ancião
Enquanto a chave requebra na fechadura.
Amigos rezam a Ave Maria,
O relógio para os ponteiros.
O cachecol cobre o presépio.
A voz embargada pela dor
– Soletra: saudade eterna.
Antologia- CONTO&POESIA-P.21.Sindicato dos Eletricitários de Florianópolis (50 anos de Sinergia)
Autora- Ivone Daura da Silva
Presidente da ALB de Lages-Academia de Letras do Brasil.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Rosto de mulher
Rosto de mulher - menina
Flores ornamentavam a árvore
Os flashes das fotos refletiam junto o sol
O sorriso da menina enfeitava a ramada
O velho espiava erguendo a aba do chapéu
A coruja pousou no poste e silenciou.
O cachorro correu para abocanhar a boneca
O gato aproveitou para dormir na cama da vizinha
O passarinho carregou o pão no bico
Os filhotes conversavam em seu ninho.
As ondas do mar misturaram o azul com o verde
Jovens bebiam e jogavam pingue-pongue
As garotas deitaram nas dunas
O motorista ficou embaixo do guarda-sol.
De repente o sol se escondeu
Entre as nuvens escuras trovões amedrontaram
Faíscas pareciam dividir a terra
Todos correram de um lado para o outro
A menina sapeca abrigou-se na varanda.
O sol desconfiado retornou de mansinho
Aos poucos a calma reinava na praia
O mar parecia ser espuma de sabão
Na beleza esplendorosa espelhava um rosto de mulher
Que carregava um fardo de lembranças
E desabafou com o mar.
Arroio do Silva/ SC - 11-02-2012
Autora:Ivone Daura da Silva (Presidente da ALB de Lages)
Flores ornamentavam a árvore
Os flashes das fotos refletiam junto o sol
O sorriso da menina enfeitava a ramada
O velho espiava erguendo a aba do chapéu
A coruja pousou no poste e silenciou.
O cachorro correu para abocanhar a boneca
O gato aproveitou para dormir na cama da vizinha
O passarinho carregou o pão no bico
Os filhotes conversavam em seu ninho.
As ondas do mar misturaram o azul com o verde
Jovens bebiam e jogavam pingue-pongue
As garotas deitaram nas dunas
O motorista ficou embaixo do guarda-sol.
De repente o sol se escondeu
Entre as nuvens escuras trovões amedrontaram
Faíscas pareciam dividir a terra
Todos correram de um lado para o outro
A menina sapeca abrigou-se na varanda.
O sol desconfiado retornou de mansinho
Aos poucos a calma reinava na praia
O mar parecia ser espuma de sabão
Na beleza esplendorosa espelhava um rosto de mulher
Que carregava um fardo de lembranças
E desabafou com o mar.
Arroio do Silva/ SC - 11-02-2012
Autora:Ivone Daura da Silva (Presidente da ALB de Lages)
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Uma Estrela
MOMENTOS
Na vida sempre existem formas
Que se juntam para detalhar uma existência
Assim foi minha caminhada
Após construir uma estrela
Eu, o amor e três filhos!
Foi nessa estrela que eu aprendi a brilhar
Muitos sonhos foram construídos
Mas, um dia um vértice dessa estrela teve um sonho maior...
Afastou-se e foi em busca de outros brilhos
Todavia ainda existia nessa estrela
Quatro vértices a brilhar
Até que em outra alvorada, outro vértice tomou sua decisão!
E foi em busca de outro refletor
Queria também aprender a brilhar...
Assim continuava a estrela, agora já se achando uma mutilada.
Mas continuava a sonhar e a trazer o sorriso singelo...
Muitas vezes até suspirando, por ver parte de sua conjuntura;
Rompida pelo tempo em um mundo tão deslumbrante
Mas trazia sonhos em seus três vértices
No brilho constante de cada amanhecer!
Sentia firmeza em buscar conquistas iluminadas
Trazendo para cada vértices o sorriso encantador
Mas, um dia o terceiro vértice daquela estrela
Ficou triste e na sua tristeza adoeceu
O brilho ficou opaco...
A estrela desfigurada saiu em busca de um brilho maior.
Na verdade nada encontrou, somente a dor prevalecia!
Levando a si própria o semblante triste da derrota
E assim mais um vértice cheio de ilusão daquela estrela rompeu-se,
Fechou olhos, deu adeus ao seu brilho e partiu.
Essa não pode escolher, o brilho de conquistar;
Deixou a estrela com dois vértices
Em dois ângulos sem nada poder formar!
Deixando a estrela invadida de saudades
Por ver seu brilho apagar...
Dos três vértices que partiram, um nunca voltará.
Em um pedaço de estrela
A felicidade jamais voltará a brilhar.
Poesia retirada do livro "Momentos"
Presidente da ALB de Lages, Ivone Daura da Silva
Na vida sempre existem formas
Que se juntam para detalhar uma existência
Assim foi minha caminhada
Após construir uma estrela
Eu, o amor e três filhos!
Foi nessa estrela que eu aprendi a brilhar
Muitos sonhos foram construídos
Mas, um dia um vértice dessa estrela teve um sonho maior...
Afastou-se e foi em busca de outros brilhos
Todavia ainda existia nessa estrela
Quatro vértices a brilhar
Até que em outra alvorada, outro vértice tomou sua decisão!
E foi em busca de outro refletor
Queria também aprender a brilhar...
Assim continuava a estrela, agora já se achando uma mutilada.
Mas continuava a sonhar e a trazer o sorriso singelo...
Muitas vezes até suspirando, por ver parte de sua conjuntura;
Rompida pelo tempo em um mundo tão deslumbrante
Mas trazia sonhos em seus três vértices
No brilho constante de cada amanhecer!
Sentia firmeza em buscar conquistas iluminadas
Trazendo para cada vértices o sorriso encantador
Mas, um dia o terceiro vértice daquela estrela
Ficou triste e na sua tristeza adoeceu
O brilho ficou opaco...
A estrela desfigurada saiu em busca de um brilho maior.
Na verdade nada encontrou, somente a dor prevalecia!
Levando a si própria o semblante triste da derrota
E assim mais um vértice cheio de ilusão daquela estrela rompeu-se,
Fechou olhos, deu adeus ao seu brilho e partiu.
Essa não pode escolher, o brilho de conquistar;
Deixou a estrela com dois vértices
Em dois ângulos sem nada poder formar!
Deixando a estrela invadida de saudades
Por ver seu brilho apagar...
Dos três vértices que partiram, um nunca voltará.
Em um pedaço de estrela
A felicidade jamais voltará a brilhar.
Poesia retirada do livro "Momentos"
Presidente da ALB de Lages, Ivone Daura da Silva
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